terça-feira, 1 de maio de 2018

Agora a brincadeira está ficando séria

Depois de tanto tempo sem escrever, estou de volta!

Finalmente, casei com aquele homem sobre o qual comentei no post Mary Queen's Garden: Inspiração. Mudamos para Auckland, na Nova Zelândia,  agora em janeiro e tivemos uma linda festa de casamento aqui.

Hoje tenho a sorte de ter uma casa onde eu posso experimentar e aprender sobre jardinagem. Quando ainda estávamos pensando em comprar nossa casa, pensei: não tem muito jardim, não vai dar muito trabalho.  Inocência minha! A verdade é que dá um trabalho danado. 

Se não fosse toda a ajuda do meu pai para dar uma limpeza geral, nós estaríamos vivendo no maior matagal. Durante o discurso do casamento, meu marido até agradeceu, em português, meu pai pelo trabalho. Detalhe: meu marido não fala NADA em português. Em outro post,  falarei um pouco sobre essa trabalheira.


Se, em 2015, quando eu comecei a escrever, eu estava somente pesquisando na Internet sobre Jardinagem e Paisagismo, agora preciso colocar a mão na massa e aprender na prática. 

Eu e meu marido até pensamos em contratar um serviço de jardinagem para nos ajudar com a manutenção. Mas tudo aqui é tão caro! Tudo que se refere a serviços domésticos é uma facada. Pintor, pedreiro, eletricista, jardineiro, babá, empregada e por aí vai.

A nossa sorte é que temos amigos muito generosos que estão super a fim de dar uma mãozinha. Confesso que fiquei impressionada com isso aqui. As pessoas são muito dispostas a ajudar.

Quando passei uma temporada na casa meus sogros aqui em Auckland, eles pediram ajuda de alguns amigos para dar um jeito no jardim deles. Afinal, nosso casamento estava chegando e  eles queriam deixar a casa arrumada para os convidados que iriam visitá-los.

Estes amigos deram uma verdadeira aula para mim.  Eles trouxeram todo o equipamento de jardinagem e, segundo o meu sogro, as máquinas eram tudo da melhor qualidade. Era cortador de grama, aspirador de folhas, serra elétrica,  vários tipos de tesouras e, para completar, uma carroceria para levar toda a sujeira embora.

Eu, super a fim de aprender, fiquei toda empolgada. Peguei a bota de borracha emprestada da minha sogra, coloquei as minhas luvas e lá fui eu toda alegre cortar uns matos.

Depois de algumas horas de trabalho intenso, aprendi que jardineiro não precisa de academia. Foram três dias de trabalho e, quando chegava a noite,  eu estava quebrada. Eu desmaiava, em vez de dormir. 

Precisa ter uma força danada para usar a serra elétrica. Fora a coragem para colocar a mão em algumas lesmas, minhocas e grilos, de vez em quando. Eu pensei que, estando de luva, não haveria problema. Quando percebi, estava com um bicho grudento na minha roupa. Sai pulando e gritando que nem uma franga. Todos riram da minha cara.

Esse é só o início da jornada.

Até breve!